A história da Petrobras é longa e complexa, envolvendo diversos momentos políticos, econômicos e sociais do Brasil. A empresa foi criada em 1953, durante o governo de Getúlio Vargas, como uma resposta à campanha popular “O petróleo é nosso”, que defendia a exploração do recurso natural sob o controle do Estado. A Petrobras tinha o monopólio da pesquisa, exploração, refino e transporte do petróleo no país, além de ser responsável pela política de preços dos combustíveis.
Ao longo das décadas, a Petrobras enfrentou diversos desafios, como a crise do petróleo nos anos 1970, a abertura do mercado para a concorrência privada nos anos 1990, os escândalos de corrupção na Operação Lava Jato nos anos 2010 e a queda dos preços do petróleo em 2020. A empresa também teve grandes conquistas, como a descoberta da camada pré-sal em 2006, que elevou as reservas e a produção de petróleo e gás do Brasil, e a liderança mundial em tecnologia de exploração em águas profundas.
Atualmente, a Petrobras é uma empresa de economia mista, com ações negociadas na bolsa de valores e o governo federal como acionista majoritário. A empresa atua em diversos segmentos do setor energético, como exploração e produção, refino, transporte, comercialização, gás e energia e renováveis.
A empresa tem como visão ser a melhor empresa diversificada e integrada de energia na geração de valor, construindo um mundo mais sustentável, conciliando o foco em óleo e gás com a diversificação em negócios de baixo carbono.
Em 2023, a Petrobras anunciou um plano estratégico para o quinquênio 2024-2028, que prevê investimentos de US$ 55 bilhões, sendo 71% destinados ao segmento de exploração e produção, com foco no pré-sal, que é a principal fonte de crescimento da empresa. O plano também contempla a redução da dívida bruta para US$ 67 bilhões em 2024 e a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio de pelo menos US$ 25 bilhões no período.
A empresa também tem como meta reduzir em 25% a intensidade de emissões de gases de efeito estufa até 2030, em relação ao nível de 2015, e alcançar a neutralidade de carbono em 2050. Para isso, a Petrobras pretende aumentar a participação de fontes renováveis em seu portfólio, como eólica, solar, biocombustíveis e hidrogênio verde.
No mercado de ações, as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) tiveram uma valorização de 35% em 2023, refletindo os bons resultados operacionais e financeiros da empresa, bem como a recuperação dos preços do petróleo no cenário internacional. Para 2024, os analistas projetam um preço-alvo médio de R$ 44,00 para as ações da empresa, com uma estimativa máxima de R$ 52,00 e uma mínima de R$ 39,00.
A Petrobras também anunciou o pagamento de R$ 15 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio referentes ao desempenho da empresa em 2023, o que representa um retorno de 8,5% sobre o valor de mercado da empresa. Os acionistas da empresa vão receber R$ 1,149304 por ação preferencial ou ordinária.
No âmbito trabalhista, a Petrobras apresentou uma proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho 2023-2024, que não contempla nenhum dos pontos reivindicados pela categoria petroleira, como reajuste salarial, manutenção de direitos e garantia de emprego. A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) rejeitou a proposta e convocou uma assembleia para discutir os rumos da negociação.
Fontes:
https://www.cebraspe.org.br/concursos/petrobras_23_nm
https://www.direcaoconcursos.com.br/noticias/concurso-petrobras-edital-anunciado-2023
https://fiibrasil.com/noticia/petrobras-petr4-petr3-dividendos-segundo-semestre-2023/
https://br.tradingview.com/symbols/BMFBOVESPA-PETR3/forecast/
https://petrobras.com.br/quem-somos/estrategia